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  • Foto do escritorLeonardo Azevedo

Sexo seguro para mulheres LGBT'S, por quê?

Atualizado: 11 de mar. de 2019

Quando tocamos no assunto prevenção de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), nossa mente, o mercado e o sistema de saúde estão programados para pensar somente no sexo heterossexual e no sexo entre homens.

A prática do debate sobre o sexo seguro normalmente não atinge o sexo entre mulheres. Às vezes não por falta de interesse, mas pela ausência da disseminação de informações relativas ao tema ou mesmo, pela falta de investimento de pesquisas por métodos preventivos eficazes. Essa invisibilidade gera um questionamento bem óbvio: como fazer sexo com segurança quando ninguém fala sobre isso?


A almejada prática do sexo seguro visa apenas um único objetivo: não haver troca de qualquer fluido ou sangue entre os envolvidos na relação. Sabe-se que o contato com esses fluídos, no sexo oral ou penetração, pode acarretar no contagio de doenças como herpes ou HPV, além de IST's como sífilis, gonorréia e hepatite B.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), pelo menos 13 tipos de HPV podem aumentar as chances do desenvolvimento de câncer. A entidade afirma também que cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero são causados pelos tipos 16 e 18.


Atualmente, não há no mercado produtos voltados a prevenção para mulheres que transam com mulheres. Talvez existe aí uma pauta para lésbicas - e um nicho de mercado para empreendedores.

Durante a elaboração dessa matéria, relatamos os métodos atuais de prevenção para amigas lésbicas próximas. Todas deram respostas que podem ser resumidas em "brochante". E sem moralismos, são mesmo. No entanto, a informação sobre eles precisa ser amplamente divulgada para que o poder de decisão de usá-los ou não, possa estar na mão de cada mulher.

Pensando em compartilhar algumas informações preventivas existentes que podem ajudar a garantir um sexo seguro entre mulheres, separamos algumas dicas


1. Unhas sempre bem cortadas.

Parece óbvio, mas é sempre importante ressaltar que unhas grandes podem causar ferimentos, mesmo que não sejam sequer visíveis a olho nu.


2. Camisinha nos brinquedos.

Trouxe um brinquedinho pra relação? Use-o com camisinha. Vai compartilhá-lo? Troca a camisinha. Terminou a relação? Lave-o! Lavar o objeto impede o compartilhamento de microorganismos.


3. Uso de dental dam.

O dental dam é usado por dentistas. Com uma pesquisa por imagens no Google pelo termo você verá, além de imagens nada sexy de pessoas no dentista, umas poucas imagens de sites que já abordaram o tema focado em mulheres lésbicas e bissexuais. O dental dam é indicado em alguns artigos norte-americanos sobre prevenção sexual para mulheres lésbicas e bissexuais.


4. Camisinha.

Camisinha? É, de outra forma mas é. Além de poder inserir a camisinha feminina em algumas situações, encontra-se na internet lésbicas que a utilizaram de outra maneira, chamada "sainha" - uma forma criativa de utilizar a camisinha. Para fazê-la corte as duas extremidades (a do "anel" e a ponta onde fica a glande do pênis) e depois faça um corte vertical. Ela ficará como um "cobertor" para ser usado nos dedos ou na língua.


5. Faça exames periodicamente

E por fim, não deixe de fazer exames periodicamente. Os exames garantem uma vida sexual saudável e previne contra o desenvolvimento de doenças. Busque o sistema público de saúde mais próximo da sua casa e marque um exame com uma ginecologista.



Autor: Leornardo Azevedo; Educador de Par e membro do Coletivo Ser.

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