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  • Foto do escritorLeonardo Azevedo

Desinformação e preconceito fragilizam e expõem saúde de mulheres bissexuais e lésbicas

Atualizado: 10 de mar. de 2019

O modelo de atendimento ginecológico tradicional visa apenas um perfil de mulher: hétero com intenção de reprodução. Isso exclui diretamente as mulheres lésbicas e bissexuais que querem apenas viver sua plenitude sexual.


Nos consultórios, as lésbicas dificilmente são abertas sobre sua orientação sexual e quando são, é porque elas mesmas decidiram passar essa informação. Não porque houve algum interesse por parte do profissional em saúde/ginecologista. Essa informação já deveria acender uma luz de alerta sobre como os atendimentos são conduzidos.


Existem relatos de lésbicas cujos médicos as dispensaram da consulta após saberem da sua orientação sexual, por acreditarem que o sexo lésbico é livre da possibilidade de contágio - o que expõe o nível da desinformação e preconceito que pairam ao redor deste assunto. Aqui, temos uma situação totalmente alarmante, que é incompatível com o que se espera de um atendimento médico preparado e eficiente.


Há ainda aquela parcela de mulheres lésbicas e bissexuais que mesmo frequentando ginecologista são dispensadas do exame de Papanicolau. Tal exame é de extrema importância, pois trata-se de uma análise de células do colo do útero que pode prevenir o câncer.


Por esses e outros motivos as mulheres lésbicas frequentam menos o ginecologista, e consequentemente, descobrem ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) em momentos tardios. Esse efeito é tão grave que expõe lésbicas a terem maior incidência de câncer no colo do útero.



Autor: Leonardo Azevedo; Educador de Par e Coordenador de Saúde do Coletivo Ser.

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