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  • Foto do escritorColetivo Ser

NOTA DE REPÚDIO: DITADURA NÃO SE COMEMORA

No dia 31 de março completa 55 anos do Golpe Militar de 1964 no Brasil, que resultou em centenas de mortes, desaparecimentos e torturas de pessoas que estavam sob a custódia do Estado. O regime marcado pela repressão política, perseguições e censura, perseguiu artistas, jornalistas e produtores culturais que se opunham ao regime ditador da época. O caso mais marcante foi o do jornalista e professor, Vladimir Herzog, que foi torturado e assassinado durante a Ditadura há 43 anos atrás.

Segundo o Relatório Final da Comissão da Verdade entregue durante o governo de Dilma Roussef, foram mortos e desaparecidos durante o período da Ditadura 434 pessoas, desse número apenas 33 corpos foram localizados. O relatório também responsabiliza 377 agentes do Estado pelas repressões cometidas e que até hoje nenhum foi levado à justiça e todos os casos permanecem impunes e sem nenhum tipo de reparação. No mesmo relatório produzido pela Comissão da Verdade, também é possível ler o depoimento de 40 pessoas, que foram presas, torturadas ou exiladas enquanto crianças durante a Ditadura, como o caso da Zuleide Aparecida do Nascimento que foi capturada e presa com 4 anos, junto de seus irmãos.

E a partir de todos estes fatos, nós do Coletivo Ser, repudiamos veementemente o pedido do atual Presidente Jair Bolsonaro ao Ministério da Defesa pela comemoração do Golpe de 1964 que culminou em um dos períodos mais sombrios do País. Comemorar a Ditadura é deslegitimar a dor e o sofrimento das vítimas deste regime ditador. Ditadura não se comemora, se repudia!

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