O Facebook promoveu nos últimos dias 15 e 16 de julho um grande evento sobre empreendedorismo para pequenos e médios empreendedores, no qual, apresentou o impacto das redes sociais para o sucesso do negócio através de palestras, consultorias e workshops que incentivassem e mostrassem como utilizar cada ferramenta do Facebook e Instagram para potencializar o lucro.
Com uma grande produção, o evento ocorreu em um armazém no Píer Mauá, centro do Rio. O evento contou com uma estrutura moderna e tecnológica, que facilitou a interação entre os participantes e palestrantes, oferecendo um local enriquecedor para a aprendizagem. Stands físicos de lojas virtuais e food trucks estavam na lista ao longo dos dois dias de programação, oferecendo ao público a oportunidade de comprar lembranças de marcas de sucesso no mercado atual.
O Impulsione com o Facebook ofereceu treinamentos completos e gratuitos sobre as mídias sociais, Instagram e Facebook. Foi possível conhecer cada detalhe das plataformas desde a criação de páginas comerciais à edição de imagens. Os palestrantes revelaram suas estratégias de marketing digital e metodologias utilizadas para conquistar um público alvo que permitirá o sucesso do empreendimento.
Diversidade também se discute no meio empresarial
O Coletivo SER foi convidado para participar do evento e cobrir uma programação muito especial sobre empreendedorismo LGBTI+ e diversidade nas empresas.
Ativistas e empreendedores LGBT's conduziram o debate sobre a inclusão e promoção de oportunidades de pessoas LGBTI no mercado de trabalho. Entre eles o criador da plataforma Pink At Work, Isaque Lima (@isaquelindo). A cabeleireira, produtora de moda e coordenadorx do Capacitrans, Andréa Brazil (andreabraziltrans), a criadora da marca Love Pride e coordenadora da Feira Colorida, Nanny Mathias (@nannymathiass), e por fim, a assessora parlamentar e atriz, Bárbara Aires (tbarbaraaires).
Além de promover capacitação, o evento colocou em pauta a diversidade nas empresas brasileiras. Um dos temas mais relevantes e de longo debate, é a ausência de LGBTs contratados nas empresas e da construção de políticas de inclusão.
De acordo com a convidada Bárbara Aires, "geralmente quando uma empresa busca diversidade e tenta encontrar consultores para auxiliá-la nesse processo, ela acredita que um homem cis gay será o suficiente”. No entanto, conforme levantado pelos quatro palestrantes, as demandas da comunidade LGBTI+ são específicas para cada grupo, em especial para a população trans que é historicamente marginalizada, o que traz à tona a necessidade da contratação de diferentes figuras da comunidade LGBTI que possam atender às demandas do mercado
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Aplicando o discurso à prática
Para muito além de convidades maravilhoses, o Facebook fez questão de contratar um time plural e que pudesse oferecer representatividade. Homens e mulheres Gays, heteros, drags, cis e transsexuais completavam a equipe do evento. O coffee break oferecido ao público foi preparado especialmente por Amanda Ribeiro, mulher trans e empreendedora do ramo alimentício, que levou lanches vegetarianos, veganos e carnívoros.
Em entrevista ao Coletivo SER, Amanda ressaltou a importância do evento:
"Eu acho uma ótima iniciativa porque reúne todos no mesmo evento, tanto LGBTs, quanto os cis heteros. É uma forma de estarmos trocando conhecimento e também de ocuparmos os mesmos espaços. Isso é de suma importância para os avanços e conquistas que temos tido recentemente", declara.
Também integrando a equipe do evento, a ativista e digital influencer Thaylla Varggas, trabalhou na recepção e orientação dos participantes. Em entrevista rápida disse que:
"empreender e abrir o próprio negócio pode ser um mecanismo para pessoas LGBTs se empoderar e também para abrirem portas para outros LGBTs em busca de emprego".
Quem lacra, lucra (mais)
Uma pesquisa realizada em 12 países pela McKinsey and Co, com aproximadamente mil empresas, mostra que empresas com um time mais plural são mais lucrativas. Sobretudo, companhias com maior diversidade de gênero apresentaram 21% de chance a mais de terem resultados acima da média do mercado se comparadas com os grupos com perfis menos diversos. Já no caso da diversidade étnica e cultural, esse resultado sobe para 33%.
Autor: Leonardo Azevedo; Coordenador de Saúde do Coletivo Ser.